Olá, estudantes! Nesta quinzena vamos conhecer coisas do interior da Terra que a fazem tremer e, às vezes, esse treme treme gera grandes prejuízos. Outro dia tivemos tremores de terra na Bahia, então, o que vamos aprender será muito importante para entendermos sobre a dinâmica.
A superfície da Terra é o rígido
suporte de apoio à sobrevivência dos homens e dos demais seres vivos. A parte
superior da crosta terrestre ou litosfera que determina a superfície da Terra é
um dos componentes do estrato geográfico, ao lado das massas líquidas, da baixa
atmosfera e da biota. Na superfície da Terra ou muito próximos dela, no
interior da litosfera, encontram-se os recursos minerais e energéticos que
alimentam as complexas organizações econômicas. Aí também estão os solos, as
águas continentais e oceânicas, as formas do relevo e a atuação climática que
em conjunto facilitam ou não a ocupação e organização do espaço
físico-territorial para as práticas agrícolas, as instalações de complexos
industriais, a implantação de cidades e os núcleos de colonização, entre
outros. A rigidez que a superfície da Terra apresenta é apenas aparente. Na
realidade, a estrutura sólida, o sustentáculo das ações humanas, tem uma dinâmica que faz com que ela se modifique
permanentemente. Tal dinâmica não é facilmente perceptível pelo homem em face
da baixa velocidade de movimentação. O dinamismo da superfície da Terra é fruto
da atuação antagônica de duas forças ou de duas fontes energéticas – as forças
endógenas ou internas e as forças exógenas ou externas. Do jogo dessas duas
forças opostas resulta toda a dinâmica da crosta terrestre ou litosfera. As
pressões exercidas pelo manto e núcleo da Terra modificam as estruturas que compõem
a litosfera e que sustentam as formas superficiais desta, ou seja, as formas do
relevo ou modelado terrestre. Em contrapartida, as forças externas, ou seja, a
energia solar através da atmosfera, exercem papel de desgaste e de esculturação
das formas produzidas pelas ações das forças endógenas. Esse processo de
criação de formas estruturais pelas forças endógenas e de esculturação pelas
forças exógenas é permanente ao longo do tempo e do espaço. Desse modo, agora e
durante a história da origem e evolução da Terra, esses mecanismos de natureza
estrutural vêm alterando permanentemente as fisionomias do relevo terrestre com
velocidades e intensidades ora maiores, ora menores. O entendimento desses
mecanismos comandados pelas forças internas e externas é um dos objetivos deste
texto. Tudo é dinâmico, e esse dinamismo é diferente em cada um dos planos: o
biótico (animais e vegetais) e o abiótico (terra, ar, água). Por outro lado,
todo esse dinamismo tem somente duas fontes de energia: o calor solar, que
aquece a atmosfera e comanda os tipos climáticos do globo terrestre ao longo do
tempo e do espaço, e a energia do núcleo e manto do interior da Terra, que
interfere nas mudanças da estrutura da litosfera e cria formas de relevos
estruturais de dimensões também variáveis, ao longo do tempo e do espaço
terrestre. A complexidade desse jogo de forças opostas permitiu e continua
permitindo que os diversos componentes do estrato geográfico terrestre, em seus
três estados físicos (sólido, líquido e gasoso), representados pela superfície terrestre
(subsolo, relevo e solo), pela hidrosfera (oceanos, rios e lagos) e pela
atmosfera, ao interagirem no mecanismo de troca de energia e matéria, dessem
suporte ao aparecimento e à evolução da vida vegetal e animal na Terra. [...]
Fonte: ROSS, Juradyr L. Sanches (Org.). Geografia do
Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011.ssustou muitos
baianos!
Organizando conhhecimento: Atividades

Nenhum comentário:
Postar um comentário