sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Material de estudo 11ª quinzena- 3ª série Emsino Médio

 

BRASIL: Potência agrícola

 

A atividade do setor agrícola é uma das mais importantes da economia brasileira, pois, embora componha pouco mais de 5% do PIB brasileiro na atualidade, é responsável por quase R$100 bilhões em volume de exportações em conjunto com a pecuária, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). A produção agrícola no Brasil, portanto, é uma das principais responsáveis pelos valores da balança comercial do país.


Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil passou por diversos ciclos e transformações, indo desde a economia canavieira, pautada principalmente na produção de cana-de-açúcar durante o período colonial, até as recentes transformações e expansão do café e da soja. Atualmente, essas transformações ainda ocorrem, sobretudo garantindo um ritmo de sequência às transformações técnicas ocorridas a partir do século XX, como a mecanização da produção e a modernização das atividades.

A modernização da agricultura no Brasil atual está diretamente associada ao processo de industrialização ocorrido no país durante o mesmo período citado, fator que foi responsável por uma reconfiguração no espaço geográfico e na divisão territorial do Brasil. Nesse novo panorama, o avanço das indústrias, o crescimento do setor terciário e a aceleração do processo de urbanização colocaram o campo economicamente subordinado à cidade, tornando-o dependente das técnicas e produções industriais (máquinas, equipamentos, defensivos agrícolas etc.).

Podemos dizer que a principal marca da agricultura no Brasil atual – e também, por extensão, a pecuária – é a formação dos complexos agrícolas, notadamente desenvolvidos nas regiões que englobam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a produção de soja, a carne para exportação e também a cana-de-açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional e internacional por etanol.


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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Material de estudo 9ª quinzena Eixo VI e VII

 A população mundial

Composição demográfica:

A população mundial atual é composta por 7,7 bilhões de pessoas e continua crescendo anualmente, porém a um ritmo lento, se comparado a períodos anteriores. A sua distribuição sobre a superfície terrestre não é feita de forma homogênea. O continente asiático é o mais populoso, com destaque para China e Índia, que, sozinhos, reúnem pouco mais de um terço da população mundial.

Desde o final dos anos 1960, a taxa de crescimento entrou em declínio, movimento que se acentuou a partir de 1990. Atualmente, a taxa de crescimento da população mundial é de 1,1% (ONU, 2020). A projeção da ONU é que o mundo atinja o valor de 8,5 bilhões de habitantes em 2030 e 9,7 bilhões em 2050.

Assim, em 2050 o planeta Terra contará com cerca de 9,7 bilhões de indivíduos e isso poderá trazer muitas consequências negativas ao planeta Terra e a vida de seus habitantes, tais como:


ü  Aumento da poluição e consequentemente do aquecimento global;

ü  Degradação de ecossistemas terrestres e aquáticos;

ü  Perda de espécies animais e vegetais;

ü  Aumento da pobreza e da desigualdade social;

ü  Escassez de alimentos e de água potável.

 

Transição demográfica:

Entende-se por transição demográfica a oscilação das taxas de crescimento e variações populacionais. Esse conceito foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973) para contestar matematicamente a Teoria Demográfica Malthusiana, por definir que não há um crescimento acelerado da população, mas sim oscilações periódicas, que alternam crescimentos e desacelerações demográficos, podendo envolver, inclusive, estágios de estabilidade.

A principal referência histórica para a elaboração dessa teoria foi a Revolução Industrial e a consequente constituição da sociedade moderna de consumo. Em tempos anteriores a esse, as taxas de natalidade e mortalidade eram continuamente elevadas, demarcando um período de relativa estabilidade demográfica.

Dividiu-se as oscilações entre mortalidade e natalidade, considerando o desenvolvimento das sociedades industriais, em quatro estágios principais. Para melhor compreendê-los, observe o gráfico

 
Organizando conhecimento: Atividades

Material de estudo 9ª quinzena 2ª/3ª série E.M

 

O espaço da produção: Geografia das indústrias



industrialização consiste em transformar um determinado espaço geográfico a partir da construção de indústrias e de empresas direta e indiretamente ligadas a essas indústrias. Esse fenômeno humano é importante por provocar profundas alterações socioespaciais, tanto acelerando a urbanização e o êxodo rural quanto alterando drasticamente a maneira de exploração e utilização dos recursos naturais.

Quando se aborda a questão da industrialização mundial, fala-se de um processo que se manifestou de forma extremamente desigual pelo globo. Enquanto os países de industrialização clássica desenvolveram-se tecnologicamente a partir de meados do século XVIII e ao longo do século XIX, os países de industrialização tardia vivenciaram esse fenômeno apenas a partir do século XX, enquanto alguns deles ainda sequer podem ser considerados como territórios industrializados.

A Inglaterra foi o país que primeiro se desenvolveu nesse sentido, na chamada Primeira Revolução Industrial. Antes disso ocorrer, eram conhecidos apenas o artesanato e a manufatura, não existindo um processo produtivo sistematizado e guiado pela presença de maquinários, como ocorre nas fábricas.

Na Primeira Revolução Industrial, as técnicas baseavam-se na operação da máquina a vapor, cuja fonte de energia principal era o carvão. Essa etapa ocorreu na Europa e provocou profundas alterações no espaço das cidades, que passaram a crescer de forma acelerada em virtude da grande oferta de empregos e da mecanização do campo, que foi um dos fatores que provocaram o êxodo rural (migração em massa da população do campo para as cidades).

Na Segunda Revolução Industrial, a tecnologia conheceu um novo ciclo de inovação, e o petróleo tornou-se a principal fonte de energia, algo que ocorre até hoje, mesmo com as inovações industriais posteriores. A mão de obra passou a ser mais qualificada, uma vez que as formas de produção tornaram-se mais complexas, com maquinários movidos a energia elétrica e com um maior grau de complexidade. Nesse período também foi dominante o modelo de produção fordista, caracterizado pelo trabalho repetitivo nas fábricas e uma produção em grandes quantidades.

A partir da segunda metade do século XX, o mundo conheceu uma nova etapa: a Terceira Revolução Industrial ou Revolução técnico-científica informacional. Esse processo de desenvolvimento ainda se encontra em curso e é responsável pela informatização das sociedades e pelo desenvolvimento dos transportes, comunicação, biotecnologia e informação. Com isso, as chamadas multinacionais ou empresas globais conseguiram se disseminar pelo mundo, propiciando a industrialização de países subdesenvolvidos, que, antes disso, produziam apenas matérias-primas para as nações desenvolvidas.

Nesse contexto, fala-se do encurtamento das distâncias e da aceleração das atividades, naquilo que se denominou por compressão espaço-tempo. Com isso, o fordismo foi substituído pelo toyotismo em que não há mais a produção em massa, e sim conforme a demanda pelas mercadorias. Além disso, o trabalho deixou de ser repetitivo, mas sim flexibilizado, com um mesmo empregado desempenhando várias funções ao longo da cadeia produtiva.


Organizando conhhecimento: Atividades

Material de etudo 9ª quinzena 1ª/2ª série E.M

 

Urbanização mundial


O processo de urbanização no mundo é caracterizado pela transformação dos espaços rurais em espaços urbanos.

Nem sempre o homem habitou em cidades, os primeiros habitantes eram nômades, portanto não tinham residência fixa e viviam da caça, pesca e coleta, posteriormente deixaram essa condição para se tornarem produtores.

A partir de então o homem foi se aglomerando em centros urbanos e desenvolvendo atividades econômicas. Sendo assim, o processo de urbanização tem duas fases marcantes, a primeira ocorreu com a Revolução Industrial no fim do século XVIII, esse acontecimento provocou uma enorme migração, pessoas que habitavam áreas rurais saíram rumo às cidades, mas isso aconteceu somente nos países envolvidos na revolução e não em escala planetária. A segunda aconteceu após a II Guerra Mundial, mas essa não foi motivada pela industrialização, houve um êxodo rural em massa desencadeado pelo fascínio urbano, melhores condições de vida, oportunidades de estudo e trabalho.

O processo de urbanização ocorreu essencialmente pelo deslocamento de pessoas oriundas das zonas rurais em direção às cidades, que são caracterizadas pela aglomeração de pessoas em uma área delimitada e pela atividade produtiva, que deixa de ser agrícola para se tornar industrial, comercial; e também pela realização de prestação de serviços.

Esse processo não sucedeu simultaneamente no mundo, haja vista que os países industrializados já haviam atravessado esse período, no caso dos países em desenvolvimento e de industrialização tardia, o crescimento urbano acontece atualmente de forma acelerada e desordenada. A falta de planejamento urbano tem favorecido a proliferação de graves problemas, tais como a favelização, falta de infraestrutura, violência, poluição de todas as modalidades, desemprego e muitos outros.

Os índices de pessoas que vivem em cidades oscilam de acordo com o continente, país e áreas internas, uma vez que a África possui 38% de seus habitantes vivendo em cidades, na Ásia são 39,8%, na América Latina 77,4%, na América do Norte 80,7%, na Europa 72,2% e na Oceania 70,8%. Em outra abordagem, tomando como princípio os países ricos e pobres, existe uma enorme disparidade quanto ao percentual de população urbana e rural. Na Bélgica, por exemplo, 97% das pessoas vivem em centros urbanos enquanto que em Ruanda esse índice cai para 17%.

O fenômeno da urbanização produziu cidades cujo número de habitantes supera os 10 milhões, essas recebem o nome de megacidades ou megalópoles como, por exemplo, Tóquio (Japão) com 35,2 milhões de habitantes, Cidade do México (México) com 19,4 milhões, Nova Iorque (Estados Unidos) com 18,7 milhões e mais tantas outras cidades espalhadas pelo mundo.


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